As forças-tarefas das operações Lava Jato e Greenfield no Ministério Público Federal criticaram nesta quarta-feira (17) a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que suspendeu, a pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL), todas as investigações com base em dados fornecidos pelo Coaf. Os procuradores alegam que a decisão "contraria recomendações internacionais de conferir maior amplitude à ação das unidades de inteligência financeira" e que "impactará muitos casos que apuram corrupção e lavagem de dinheiro nas grandes investigações e no país".
Os procuradores defendem que o caso seja analisado o mais rápido possível pelo Plenário do STF. "A suspensão de investigações e processos por prazo indeterminado reduz a perspectiva de seu sucesso, porque o decurso do tempo lhes é desfavorável. Com o passar do tempo, documentos se dissipam, a memória de testemunhas esmorece e se esvai o prazo de retenção pelas instituições de informações telefônicas, fiscais e financeiras", dizem, em nota.