Polícia Federal
Agentes da PF cumprem mandados| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal cumprem nesta segunda-feira (7) mandados de busca e apreensão contra o ex-deputado federal e ex-secretário de Transportes na gestão do ex-governador Sérgio Cabral, Júlio Lopes. A ação é mais uma etapa da Lava Jato fluminense, batizada de '"Fim do Túnel" - desdobramento das operações Tolypeutes, Ponto Final e Fatura Exposta. Entre os endereços vasculhados pelos policiais estão a casa do ex-secretário e um escritório de advocacia ligado a ele.

De acordo com a investigação, entre junho de 2010 e novembro de 2014, Lopes teria usado o cargo para solicitar R$ 6,4 milhões em propinas da Odebrecht, valor que teria sido pago pela empreiteira no âmbito das obras de construção da Linha 4 do Metrô do Rio.

O Ministério Público Federal aponta, em outra frente, que, entre de julho de 2010 e março de 2015, o ex-secretário teria aceitado vantagem indevida de R$ 7,6 milhões da Fetranspor em troca do ressarcimento dos valores do Bilhete Único para as empresas. Enquanto isso, em uma terceira linha de investigação, o MPF aponta que, quando deputado, entre 2016 e 2017, Júlio Lopes teria recebido três parcelas de R$ 250 mil de uma empresa de Saúde em troca do favorecimento em contratos no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).

Lopes já foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) sobre repasses quando era secretário de Transporte do Rio e na época em que era deputado federal entre 2016 e 2017.

Em nota, no entanto, a defesa cita "perplexidade com a busca e apreensão, desnecessária e abusiva" e que, "Júlio Lopes sempre se colocou à disposição das autoridades para explicar qualquer fato". A defesa nega todos os fatos imputados ao ex-secretário.