O ex-senador, Romero Jucá.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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A Lava Jato do Rio de Janeiro denunciou nesta quarta-feira (10) caciques do MDB por suposto esquema de propina nas obras da Usina Nuclear de Angra 3. Desta vez, os alvos são os ex-senadores Edison Lobão (MDB-MA) e Romero Jucá (MDB-RR), acusados de receber vantagens indevidas que, somadas, chegam a R$ 9,2 milhões e R$ 1,3 milhão, respectivamente. As investigações contra os parlamentares desceram para a primeira instância após Lobão e Jucá perderem o foro privilegiado, no início de 2019.

Segundo a força-tarefa, o MDB influenciou a escolha de Othon Luiz Pinheiro da Silva à presidência da Eletronuclear, responsável pela usina, e a partir de 2006 se iniciou um esquema de propinas para garantir a retomada das obras de Angra 3, travadas há mais de 20 anos.

A Lava Jato afirma que, entre 2012 e 2014, Edison Lobão recebeu R$ 9,2 milhões de propinas da Andrade Gutierrez. À época, o ex-senador era Ministro de Minas e Energia do governo Dilma Rousseff (PT). O filho do ex-parlamentar, Márcio Lobão, foi indicado como um dos operadores do esquema. Em relação a Romero Jucá, os procuradores afirmam que o ex-senador recebeu R$ 1,3 milhão em quatro ocasiões - duas vezes em 2008 e outras duas em 2012 - em razão do cargo que ocupava. Jucá era, à época, líder do governo no Senado.

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