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A força-tarefa da Lava Jato no Paraná afirmou nesta terça-feira (14), em nota, ter ficado surpresa com a ação da Advocacia-Geral da União (AGU) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a União decida sobre a destinação de valores relativos a restituições e multas oriundas de condenações ou acordos de leniência da Lava Jato. Segundo os procuradores, havia "um entendimento prévio" entre o Ministério Público Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a própria AGU para permitir a destinação dos recursos ao combate ao coronavírus. "A AGU tem liberdade para adotar a posição que entender adequada, de modo independente. Contudo, as ações da AGU causaram surpresa", diz a nota. A Lava Jato explica ainda que a decisão de reverter recursos recuperados pela operação para o combate à pandemia segue recomendação do Conselho Nacional do Ministério Público, editada em 20 de março deste ano. Cerca de R$ 4,3 bilhões já foram devolvidos aos cofres públicos no decorrer da Lava Jato. Há ainda compromissos de restituição de mais de R$ 14 bilhões.