O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski voltou a determinar que a 13ª Vara Federal de Curitiba compartilhe com a defesa do ex-presidente Lula a íntegra da documentação do acordo de leniência firmado entre a força-tarefa da Lava Jato e a Odebrecht. Na semana passada, o ministro já havia ordenado o compartilhamento. Nesta terça-feira (24), a defesa do ex-presidente apresentou nova reclamação alegando que não teve acesso aos documentos.
Lewandowski deu prazo de 60 dias para que o Ministério Público Federal apresente informações sobre as negociações entre os procuradores da Lava Jato e instituições do exterior sobre o acordo de leniência da Odebrecht, segundo o blog de Fausto Macedo, do Estadão. O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, também deverá encaminhar documentos relacionados ao acordo. Lewandowski repreendeu a postura do MPF por alegar que os pedidos da defesa do ex-presidente para acessar os documentos seriam para "procrastinar" a tramitação.
“Ora, se os pedidos feitos pelo reclamante no sentido de que lhe sejam afiançadas as franquias constitucionais a que faz jus consubstanciam “procrastinações”, seguramente, na visão de determinados integrantes do MPF, melhor seria extinguir, de uma vez por todas, o direito de defesa. Assim, as condenações ocorreriam mais rapidamente, sem os embaraços causados pelos réus e seus advogados”, ressaltou o ministro.