O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (30) o encaminhamento das mensagens apreendidas pela Polícia Federal na Operação Spoofing para o procurador-geral da República, Augusto Aras. Os diálogos foram obtidos por hackers que invadiram celulares de membros da força-tarefa da Lava Jato.
Lewandowski informou que a perícia no material foi concluída e encaminhou o arquivo ao procurador-geral para “ciência” e adoção de “medidas cabíveis”. Além de PGR, Aras também é presidente do Conselho Nacional do Ministério Público, que apura a conduta profissional e ética de procuradores.
Cópia das mensagens hackeadas também foi enviada para a corregedora-geral do Ministério Público, Elizeta Maria dos Santos. O ministro deu prazo de 30 dias para que a corregedora esclareça se houve “quaisquer registros de tratativas e negociações internacionais” com a Operação Lava Jato, em especial relacionadas à Odebrecht. E, depois, que sejam juntados aos autos para que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenham acesso.