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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a revisão da Lei das Estatais, com uma modificação que permita que a presidência de empresas como a Petrobras seja ocupada por especialistas. A sugestão de Lira faz referência à desistência do economista Adriano Pires em assumir o comando da empresa. Pires foi indicado pelo governo de Jair Bolsonaro para a função, mas recuou após setores da empresa divulgarem que seu nome seria barrado pelo fato de ele ser atuante no ramo em empresas particulares, o que poderia configurar conflito de interesses.
“Não tenho relação com Adriano Pires, nunca falei com Adriano Pires, me reportei a ele quando votamos a Lei do Gás para tirar uma dúvida, porque ele é um estudioso nesse assunto e não se pode partir da premissa de que só porque dá assessoria numa empresa privada não pode assumir o comando de uma empresa. A regra foi criada para isso, para travar a Petrobras e criar esse inconveniente que ela é para todo o Brasil”, criticou Lira. A Lei das Estatais foi aprovada em 2016, com o objetivo de reduzir a interferência política no comando das empresas.
Lira fez a declaração nesta terça-feira (5), em entrevista coletiva na Câmara. O parlamentar também contestou o desempenho atual da Petrobras: “hoje, a quem serve a Petrobras? Não dá satisfação a ninguém, não produz riqueza, não produz desenvolvimento. A gente tem um preço internacionalizado, produz petróleo aqui e tem referência no preço internacional porque é bom para o acionista. Se não tem nenhum benefício para o Estado brasileiro, que seja privatizada e aí tratamos com a seriedade necessária. Estou dando minha opinião pessoal”.