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Em entrevista à revista Veja, o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, detalhou a distribuição de cargos do governo federal a parlamentares. Segundo ele, o Executivo tem um "quadro de quem vota e de quem não vota com o governo" e exige "80% de fidelidade" dos partidos nas negociações. "Antes, um parlamentar vinha aqui sozinho e pleiteava um cargo. Eu via que ele votava com a gente e o atendia. Mas quantos votos ganhava? Apenas um. Agora, a negociação é com os partidos. A fidelidade é uma responsabilidade dos partidos", explicou. Segundo o general, a prática não é semelhante à de governos anteriores porque "quem cuida de recursos públicos" é gente do governo. "Essa é a nova maneira de a gente trabalhar. O problema não é o político ocupar cargo público. O problema é o político ocupar cargo público para saquear como acontecia antes. Isso acabou", concluiu.