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O general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, descartou a possibilidade de um golpe militar em entrevista à revista Veja. "Fui instrutor da academia por vários anos e vi várias turmas se formarem lá, que me conhecem e eu os conheço até hoje. Esses ex-cadetes atualmente estão comandando unidades no Exército. Ou seja, eles têm tropas nas mãos. Para eles, é ultrajante e ofensivo dizer que as Forças Armadas, em particular o Exército, vão dar golpe, que as Forças Armadas vão quebrar o regime democrático", disse. Na mesma resposta, no entanto, Ramos afirmou que a oposição precisa "entender" que não deve "esticar a corda". Perguntado a que ele se referia, o ministro citou as comparações entre Bolsonaro e Hitler e o julgamento da chapa do presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Se o Congresso, que historicamente já fez dois impeachments, da Dilma e do Collor, não cogita essa possibilidade, é o TSE que vai julgar a chapa irregular? Não é uma hipótese plausível", afirmou.