O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (9) que o assessor especial da Presidência, o ex-chanceler Celso Amorim, traga da viagem à Ucrânia "indícios de soluções" para a guerra com a Rússia. Lula recebeu nesta tarde o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, no Palácio do Planalto. A guerra na Ucrânia foi um dos principais temas tratados no encontro.
"Hoje, o Celso Amorim chegou na Ucrânia. Ele já tinha ido à Rússia. Ele viajou 12 horas de trem para poder chegar à Ucrânia. Eu espero que o Celso me traga não a solução, que ele me traga indícios de soluções para que a gente possa começar a conversar sobre paz. Ele já sabe o que o Putin quer, ele agora vai saber o que quer o Zelensky. Nós vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de pararmos essa guerra", disse o chefe do Executivo brasileiro.
Rutte defendeu o fornecimento de armas pela Holanda à Ucrânia. Segundo ele, Kiev teria "caído nas primeiras semanas" da guerra sem apoio. "Fique feliz que conseguimos falar sobre a guerra da Ucrânia hoje sem concessões que possam afetar a soberania da Ucrânia. Também gostaria de dizer que a Holanda irá apoiar a Ucrânia o tempo que for necessário", afirmou o primeiro-ministro.
De acordo com o Planalto, a Holanda é a segunda colocada entre os maiores investidores estrangeiros imediatos no mercado brasileiro, com estoque de cerca de US$ 126 bilhões em 2021. “Em 2022, foi o quarto país do mundo – e o primeiro da Europa – que mais importou produtos brasileiros, com um fluxo de US$ 11,9 bilhões. Também está em 21º no ranking de países que mais exportaram para o Brasil, com US$ 2,75 bilhões”, disse o governo, em nota.