O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (10) que vai limitar as entradas no Palácio do Planalto a quem apresentar a carteira de vacinação. O petista citou a medida depois de dizer que "tem muita gente que não gosta de democracia impregnada" na sede do governo. Ele também elogiou a política de testes contra a Covid-19 da China.
"Eu vou tomar uma decisão que nesse Palácio não entrará pra trabalhar ninguém sem cartão de vacina nesse país. Aqui, para entrar, as pessoas terão que ter cartão de vacina. Para as pessoas aprenderem a respeitar os outros, porque a pessoa pode até querer ter o direito de ficar doente, mas não tem direito de passar a doença pra outra pessoa. E é por isso que a gente tem que ser duro", disse Lula durante o discurso de 100 dias do seu governo. A declaração foi destinada à ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima. O presidente disse que gostaria de tratar com ela sobre esse tema.
Na sequência, Lula disse que a China "está correta" em sua política contra a Covid-19. Ele lembrou que nesta semana terá que fazer vários testes para a doença antes de se encontrar com o líder do país, Xi Jinping.
"Quando terminar essa reunião aqui eu vou ter que fazer exame de Covid. Quando chegar lá vou ter que fazer outra vez. Quando for encontrar com o Xi Jinping, tem que fazer outra vez. Eles estão corretos. Eles tem 1,4 bilhão de "chininhas" e eles tem que cuidar deles, como nós temos que cuidar dos nossos", disse Lula.
Durante a pandemia, a China adotou uma política autoritária de "Covid Zero", com isolamentos forçados da população, que rendeu um dos piores resultados em relação à imunidade populacional contra a doença, segundo o Instituto de Métricas e Avaliação de saúde (IHME, na sigla em inglês), afiliado à Faculdade de Medicina da Universidade de Washington.