Na última semana o governo promoveu outras dezenas de exonerações de militares que trabalhavam no Palácio da Alvorada, na Granja do Torto e no Planalto.
Na última semana o governo promoveu outras dezenas de exonerações de militares que trabalhavam no Palácio da Alvorada, na Granja do Torto e no Planalto.| Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O governo Lula (PT) exonerou mais seis militares que exerciam funções dentro do gabinete da Presidência da República, Vice-Presidência e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). As dispensas foram publicadas no Diário Oficial desta segunda-feira (23). Na última semana o governo federal promoveu outras dezenas de exonerações de militares que trabalhavam no Palácio da Alvorada, na Granja do Torto e no Planalto.

No sábado (21) o presidente Lula (PT) exonerou o comandante do Exército general Júlio Cesar de Arruda. Para seu lugar foi escolhido o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que dias antes fez um longo discurso pregando a confiança no resultado das urnas e Forças Armadas apartidárias. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro afirmou que houve uma “fratura num nível de confiança” para justificar a exoneração de Arruda.

Lula tem declarado publicamente sua desconfiança com os militares que atuaram na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e essa suspeita se acentuou após os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro em Brasília. Recentemente, Lula afirmou que “muita gente” das Forças Armadas foi conivente com a invasão das sedes dos Três Poderes.

O presidente afirmou ainda que iria fazer uma “triagem” para identificar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que ainda atuavam dentro do Palácio. “Nós estamos no momento de fazer uma triagem profunda, porque a verdade é que o Palácio estava repleto de bolsonaristas, de militares, e nós queremos ver se a gente consegue corrigir para que a gente possa colocar funcionário de carreira, de preferência funcionários civis, ou que estavam aqui ou que foram afastados, para que isso aqui se transforme em um gabinete civil", declarou.