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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu nesta sexta (2) que tem dificuldade em governar com a base de esquerda que tem atualmente na Câmara dos Deputados, como um reflexo da votação da semana que quase o fez perder a atual configuração da Esplanada dos Ministérios. Embora tenha tido mudanças nas atribuições, o presidente garantiu as 37 pastas em vez de retornar para as 23 de Jair Bolsonaro (PL).
“A esquerda toda tem no máximo 136 votos, isso se ninguém faltar. Nós, para votar uma coisa simples, precisamos de 257 votos. E para aprovar uma emenda constitucional é maior ainda o número de deputados que nós precisamos”, disse em um evento em São Bernardo do Campo (SP).
Lula disse, ainda, que vem fazendo um “esforço para governar”, em referência às intensas articulações políticas que vem sendo demandado. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), demandou especificamente a ele as negociações com os deputados, e não mais apenas com interlocutores.
“Não é só ganhar uma eleição. Você ganha uma eleição e depois precisa passar o tempo inteiro conversando para ver se você consegue aprovar alguma coisa", ressaltou o chefe do Executivo.