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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer neste domingo (16) que a Ucrânia também foi responsável pela decisão de entrar em guerra com a Rússia. Em maio de 2022, o petista já havia afirmado que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, era tão responsável pelo conflito quanto o líder russo, Vladimir Putin.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, dando início a guerra com o país vizinho. O chefe do Executivo brasileiro apontou que "a decisão da guerra foi tomada por dois países".
“A construção da guerra será mais fácil que a saída da guerra. A decisão da guerra foi tomada por dois países. E agora o que estamos tentando construir é um grupo de países que não tem envolvimento com a guerra, que não querem a guerra, que desejam construir paz no mundo, para conversarmos tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia”, disse o presidente durante entrevista coletiva no fim de sua viagem aos Emirados Árabes Unidos.
Lula disse que conversou com diversos líderes, inclusive com o mandatário chinês, Xi Jinping, e com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, xeque Mohammed ben Zayed al Nahyan, sobre a criação de um grupo para debater o fim da guerra na Ucrânia.
Durante a coletiva, ele afirmou que Putin e Zelensky não tomam a iniciativa para encerrar o conflito. Além disso, Lula ressaltou que os Estados Unidos e a Europa acabam contribuindo para a continuidade da guerra. "Também temos que ter em conta, que é preciso conversar também com os Estados Unidos e a União Europeia. Ou seja, nós precisamos convencer as pessoas de que a paz é a melhor forma para se estabelecer qualquer processo de conversação", ressaltou.
"Do jeito que está a coisas, a paz está muito difícil. O presidente Putin não toma iniciativa de parar [a guerra], o Zelensky não toma iniciativa de parar. A Europa e os Estados Unidos terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra", disse.