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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a Lava Jato nesta quarta-feira (29) e disse que integrantes da operação se colocam "acima do bem e do mal". “Em determinado momento, qualquer coisa que a gente ia votar [na Câmara] tinha uma coletiva lá do pessoal de Curitiba: ‘não pode votar isso, não pode votar aquilo’, como se fossem um árbitro, uma figura acima do bem e do mal”, disse Maia em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da Rádio Bandeirantes. A declaração de Maia foi feita poucas horas após o procurador-geral da República, Augusto Aras, ter dito que a Lava Jato é uma "caixa de segredos". Na entrevista, Maia concordou com a versão dada por Aras sobre uma suposta ocultação de informações pela força-tarefa, e disse que o procurador-geral tem de ter acesso a esses dados. O presidente da Câmara também criticou procuradores do Ministério Público de maneira geral, embora tenha afirmado que o MP é importante para o país: "A impressão que me dá é que não gostam de ser fiscalizados, muitas vezes".