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Os próximos meses serão decisivos para definir o favoritismo ou não do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, avaliou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, nesta segunda-feira (7). "Os próximos meses serão decisivos. Qual vai ser a decisão do presidente Bolsonaro? Ele vai continuar no campo dele? Ou ele vai tentar caminhar ao centro? São decisões difíceis", comentou. Em entrevista à GloboNews, Maia destacou que a questão da vacina contra a Covid-19 e a pauta de reformas serão temas que vão cobrar um posicionamento do governo e refletir na popularidade do presidente.
Maia, por outro lado, opinou que a vitória de Joe Biden e derrota de Donald Trump nas eleições norte-americanas têm impacto maior do que as eleições municipais em relação às previsões para 2022. "Eu acho que a vitória do (Joe) Biden tem um peso nesses movimentos nacional populistas ou populares, que é uma rede mundial da qual o Brasil fez parte nas eleições de 2018."
De acordo com Maia, os campos da centro-direita e da centro-esquerda podem construir uma candidatura forte contra o governo, mas enfrenta o desafio de "ter a capacidade de construir um nome" para 2022. Ele citou, por exemplo, como possibilidades o apresentador Luciano Huck, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o ex-presidenciável Ciro Gomes e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).
Maia, no entanto, destacou ainda a política ambiental do governo, alvo de críticas internacionais, como um outro fator decisivo para definir as chances de Bolsonaro à reeleição. "Não podemos esquecer que só o equilíbrio fiscal não garante decisão de investimento. Para muitos investidores, é cada vez maior esse número, a questão ambiental é uma pré-condição para investir no Brasil ou em qualquer outro país, então (ainda) não dá pra dizer se ele é favorito ou não", declarou.