Dados do ministério da Saúde indicam que a previsão de entrega de vacinas da AstraZeneca para a aplicação na segunda dose no Brasil, entre os meses de agosto e setembro, é insuficiente para garantir a imunização completa de cerca de 3,1 milhões de pessoas, segundo matéria publicada pelo UOL.
De acordo com a pasta, aproximadamente 30,3 milhões de vacinas fabricadas pela Fiocruz foram aplicadas nos meses de maio de junho, como primeira dose. Já a previsão de entrega da Astrazeneca para as próximas semanas é de 10 milhões de doses em agosto e 14,1 milhões em setembro. Há cerca de 3,1 milhões de vacinas armazenadas pelos estados para a segunda dose, ocasionando ainda um déficit de 3,1 milhão de doses, seguindo o intervalo de 12 semanas entre a primeira e a segunda aplicação.
Outro agravante está com relação a entrega de insumos, que pode prejudicar ainda mais a conclusão da imunização de uma parcela da população. Apesar do ministério da Saúde anunciar 24 milhões de vacinas da AstraZeneca até setembro, a Fiocruz diz que recebeu insumos suficientes para a fabricação de apenas 10 milhões de doses.
Para tentar contornar a situação, o ministério da Saúde emitiu uma nota técnica no sábado (14) autorizando que os estados substituam a aplicação da segunda dose da AstraZeneca pela vacina da Pfizer. Segundo a comunicado, essa troca é recomendada em situações de exceção. Essa pode ser a segunda vez que o País sofre com a falta de vacinas para aplicação da segunda dose. No mês de fevereiro, o ministério da Saúde, então sob gestão de Eduardo Pazuello, orientou que as vacinas reservadas para a segunda aplicação fossem usadas para acelerar a imunização no País e, com isso, diversos estados relataram falta de doses para completar a vacinação da população. A situação foi regularizada posteriormente.