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O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou ao STF manifestação contrária à divulgação na íntegra do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, citado pelo ex-ministro Sergio Moro como indício da tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Aras alegou possível uso eleitoral da gravação. De acordo com o portal UOL, o PGR defendeu que seja levantado o sigilo apenas dos trechos relacionados ao inquérito. "A divulgação integral do conteúdo o converteria, de instrumento técnico e legal de busca da reconstrução histórica de fatos, em arsenal de uso político, pré-eleitoral (2022), de instabilidade pública e de proliferação de querelas e de pretexto para investigações genéricas", escreveu o procurador-geral ao avaliar como especulativo o interesse no material completo. Em manifestação enviada a Celso de Mello, a defesa do ex-ministro Sergio Moro pede a divulgação completa da mídia. A Advocacia-Geral da União também pediu o fim do sigilo apenas sobre as declarações do presidente.