Investigações apontam que Marcelo Crivella operou um esquema de caixa dois durante a eleição municipal e depois como prefeito do Rio.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O deputado federal e ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), se tornou réu por ter operado um esquema de caixa dois conhecido como “QG da Propina”, operado durante a eleição à prefeitura da cidade em 2016 e na gestão municipal nos anos seguintes. A denúncia do Ministério Público foi aceita pela Justiça Federal no dia 26 de janeiro e divulgada nesta semana. A defesa acredita no arquivamento do caso.

De acordo com a ação, confirmada à Gazeta do Povo pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), outras oito pessoas também passam a ser investigadas pela Justiça Eleitoral. (veja na íntegra)

A denúncia aponta que o esquema teria começado entre o primeiro e o segundo turno da eleição municipal em 2016 e se seguiu durante a gestão de Crivella pelos anos seguintes. As investigações mostraram que empresas pagavam para ter acesso facilitado a contratos através de um empresário da cidade.

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Em nota, a defesa de Crivella afirmou que "o próprio Ministério Público Eleitoral afirmou há dois anos, não há nenhuma prova contra o ex-prefeito que justificasse um processo criminal", e que acredita no arquivamento da denúncia.

As investigações levaram à prisão de Crivella no final de 2020 a apenas nove dias do fim do mandato. Crivella foi solto em fevereiro do ano seguinte por uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).