O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), é um dos alvos de uma operação da Polícia Civil de São Paulo, realizada na manhã desta quarta-feira (5), que apura o desvio de até R$ 500 milhões em recursos da área da Saúde. Os policiais cumprem 34 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao político na capital paulista e em cidades do interior. O médico Cláudio França, irmão do ex-governador, também é um dos alvos da operação.
As investigações apuram contratos firmados durante a gestão de Márcio França que supostamente teriam beneficiado uma organização que desviava dinheiro de hospitais. França, por sua vez, teria recebido recursos em forma de doação dessas entidades para a campanha eleitoral.
Nas redes sociais, Márcio França, que é pré-candidato ao governo de São Paulo nas eleições de 2022, se defendeu e afirmou que a operação é uma ação política. “Não há outro nome para uma trapalhada, por falsas alegações, que determinadas “autoridades”, com “medo de perder as eleições”, tenham produzido os fatos ocorridos nesta manhã em minha casa”, publicou o pré-candidato ao governo de São Paulo.
“Eu não sou alvo de nenhuma operação, pois sou advogado particular, não tenho relações nem vínculo com serviços públicos. Não tenho relação com a área médica ou de saúde. Tenho 40 anos de vida pública, não respondo a nenhum processo criminal. Só deixarei de ser governador de SP se o povo paulista não quiser. Não tenho medo de ameaças ou de chantagem. Em 40 anos de vida pública, já fui muitas vezes difamado e injustiçado, nunca condenado. Aliás, já enfrentei adversários muito mais qualificados. Não vão ser os meus atuais concorrentes, notórios mentirosos, que me farão recuar. Já venho há tempos alertando que um grupo criminoso em SP tenta me impedir de expressar a verdade. Sabem que não compactuo com eles, que querem tomar conta do Estado de SP. Se depender de mim, não vão conseguir”, declarou França.