O ministro Marco Aurélio Mello afirmou nesta terça-feira (13) que está sendo "crucificado" pela decisão que soltou o traficante André do Rap, um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Em entrevista à rádio Gaúcha nesta terça-feira (13), o ministro disse que aplicou um trecho previsto no pacote anticrime. "Decidi sem olhar capa (do processo). Acionei o Código de Processo Penal, parágrafo único do 316. Foi incluído no pacote anticrime pelo Congresso Nacional. É categórico", disse, ao afirmar que a periculosidade de André do Rap não estava em jogo. Marco Aurélio ainda afirmou que "a lei é abstrata e autônoma, se aplica indistintamente em todas as situações nela enquadrada". O ministro disse estar "sempre atento aos anseios da sociedade" e que se pronuncia "com os anseios dela [sociedade] desde que harmônicos com a Constituição". Sobre a decisão do presidente do STF, Luiz Fux, em remeter a decisão ao plenário, Marco Aurélio questionou: "Eu não sei o que ele levará pro plenário. A gente se surpreende".