A Marinha foi autorizada a afundar o porta-aviões São Paulo.| Foto: Flickr/Marinha
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A Marinha afundou o porta-aviões São Paulo na tarde da sexta-feira (3). O afundamento, segundo uma nota da força, foi feito de forma controlada e planejada, a 350 quilômetros da costa brasileira, em uma região com cerca de 5 mil metros de profundidade.

A decisão recebeu críticas de alguns ambientalistas – entre eles a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva –, que demonstraram preocupação com os efeitos que o afundamento do porta-aviões poderia causar para o meio ambiente. Em seu casco, há resíduos de amianto. “O procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro”, diz um comunicado assinado pela Marinha, pelo Ministério da Defesa e pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Em 2021, a empresa turca Denizcilik (SÖK) havia comprado o casco da embarcação para reciclagem, mas depois decidiu abandonar a embarcação. Segundo a Marinha, o casco do navio precisava de reparos que a SÖK não demonstrou interesse em fazer. O porta-aviões entrou em rota de retorno ao Brasil depois que a Turquia cancelou a autorização que havia emitido para a exportação em julho de 2022. “Não sobrou alternativa ao Estado brasileiro a não ser considerar o bem como perdido, e assumir o controle administrativo do casco, de modo a evitar danos ao meio ambiente e preservar a segurança da navegação”, informou a Marinha.

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