O líder da Oposição no Senado, senador Rogério Marinho (PL-RN), apresentou um projeto de lei que prevê que indicações de brasileiros aos comandos das instituições financeiras internacionais deverão passar por avaliação do Senado. Caso seja aprovado, a indicação da ex-presidente Dilma Rousseff para a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como o "Banco dos Brics", teria que passar pela aprovação dos senadores.
De acordo com o texto, a aprovação pelo Senado viria por maioria absoluta – ou seja, dependeria da aprovação de ao menos 41 senadores. O líder da oposição diz ser necessário avaliar as capacitações dos indicados “para além da mera indicação do Poder Executivo”. Ele ainda afirma que o Senado já analisa nomeações que exigem atributos semelhantes aos exigidos para o banco dos Brics.
Contudo, ainda não há expectativa de que o projeto de Marinho avance no Congresso Nacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou recentemente que pretende indicar a ex-presidente para assumir o banco do bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Se assumir, Dilma ficará no cargo até 2025 e poderá estreitar os laços entre Brasil e China. O país asiático é o maior credor do banco dos Brics. A ex-presidente deve acompanhar Lula em visita à China em março para pavimentar sua indicação.
“Se depender de mim, ela vai ser [presidente do banco do Brics]. A Dilma é uma figura extraordinária. Se eu não tivesse sido presidente e, sim, ministro político da Dilma, não teria acontecido o que aconteceu. Acho que faltou um pouco de conversa, de paciência, mas ela é uma mulher extraordinária, digna de muito respeito, e o PT adora ela”, disse Lula em entrevista à CNN Brasil.