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O MDB está com a "faca e o queijo" nas mãos para liderar a disputa pela presidência do Senado e, possivelmente, até vencer as eleições. Resta definir quem será seu candidato: Eduardo Braga (MDB-AM) ou Simone Tebet (MDB-MS). Segundo apurou a Gazeta do Povo, a opção pela senadora é a mais provável de garantir, em tese, 37 votos à candidatura emedebista. São necessários 41 votos para se eleger, mas o voto secreto torna a disputa imprevisível.
A promessa de Tebet em respeitar a proporcionalidade partidária — tanto para ocupação de espaços quanto para nomeação de relatores — e garantir um Senado mais autônomo e independente seduz o PSDB e o Podemos. Em dezembro, ambos os partidos lançaram fecharam acordo para agirem como um bloco nas eleições da Casa.
Ainda orbitam em torno desse bloco Cidadania e PSL. "E até há a possibilidade de trazermos a Rede", afirma o líder em exercício do PSDB, Izalci Lucas (DF) à Gazeta do Povo. Juntos, esses cinco partidos do bloco têm 24 senadores e abarcam, basicamente, senadores do chamado Muda Senado — um movimento apartidário.
O grupo liderado por PSDB e Podemos, contudo, ainda aguarda a decisão do MDB para decidir quem apoiar. Izalci diz que o lançamento de uma candidatura do bloco não é descartada, embora não seja o objetivo. "Nossa intenção é, realmente, aguardar o MDB para ver qual é o candidato ou a candidata", diz o senador tucano, que também admite conversas com o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O demista tem o apoio do governo federal, do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM- AP), e de PT, PSD, PROS, Republicanos, PSC e DEM, o que o garante, em tese, 29 votos.
Mesmo em compasso de espera, a aposta nos bastidores é que o bloco de PSDB e Podemos decida apoiar a candidatura emedebista, sobretudo se Tebet sair vitoriosa na disputa interna, o que poderia levar sua candidatura a 37 votos, com os 13 do MDB. A senadora é vista como uma parlamentar independente em seu partido. Já Eduardo Braga é da ala do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que, nos últimos dois anos, apoiou Alcolumbre — em desagrado a senadores aliados de Izalci, explica um interlocutor do Muda Senado.