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Logo após receber alta na manhã desta quarta-feira (5) no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista coletiva acompanhado da equipe médica que o atendeu nos dois dias em que esteve internado em razão de uma obstrução intestinal.
O médico Antônio Luiz Macedo explicou o quadro do presidente, as razões pelas quais foi descartada uma cirurgia e afirmou que a chance de novas complicações no futuro não estão afastadas em razão da complexidade do caso. “O presidente sofreu um atentado anos atrás que originou uma cirurgia muito bem feita pelos profissionais que o atenderam na Santa Casa. Mas depois disso ele teve uma peritonite (inflamação abdominal) no dia 12 de setembro, ou seja, alguns dias depois do acidente, e essa peritonite gerou uma grande quantidade de reação imunológica no abdômen dele. Embora, esteja tudo bem, as alças estão boas, essas aderências as vezes possibilitam o quadro de obstrução intestinal”, afirmou o especialista.
Segundo o médico, quadros de obstrução como o apresentado agora pelo presidente Jair Bolsonaro não necessitam de uma intervenção cirúrgica imediata. “Normalmente nesses quadros nós não operamos direto. Se faz uma sonda gástrica, hidratação, corta alimentação e ele como tem uma saúde, graças a Deus muito boa, se recupera rapidamente, tanto que no dia que eu cheguei o intestino já estava começando a funcionar e no dia seguinte já estava bem”, afirmou o especialista.
“E agora o presidente está normal, vai fazer uma dieta especial durante uma semana. Vai apenas fazer caminhadas, não vai fazer exercícios muito intensos. Mas ele está curado e pronto pro trabalho”, declarou. “O caso do presidente é muito complexo. Não é qualquer cirurgião que pode “entrar nessa barriga”, explicou outro dos médicos da equipe, ao apontar os motivos que levaram o cirurgião Antônio Luiz Macedo a interromper as férias e voltar ao Brasil para avaliar Bolsonaro.
Ainda segundo Macedo, a cirurgia foi totalmente descartada após uma sonda gástrica descomprimir o estômago de Bolsonaro. “Saiu um grande volume de líquido do estômago e ele ficou vaziou. Com isso o movimento intestinal retornou e o presidente começou a ter uma normalização da função intestinal. Temos chance de ter novamente (uma obstrução)? Temos. Mas acredito que vamos conseguir mantê-lo nos próximos anos desse jeito”, concluiu.