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Médicos da Atenção Primária à Saúde (APS) da cidade de São Paulo votaram por paralisar as atividades na próxima quarta-feira (19). A categoria realiza atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Eles pedem a reestruturação das equipes desfalcadas devido aos afastamentos por sintomas gripais e o pagamento de horas extras. O avanço da variante ômicron e da Influenza aumentou o número de atendimentos e sobrecarregou as equipes de saúde.
Os profissionais deram até segunda-feira (17) para que a Prefeitura apresente um plano de ação. Eles pedem também a desobrigação do comparecimento em fins de semana e feriados. Caso as solicitações não sejam atendidas, os médicos podem manter a greve. A reunião que decidiu pela paralisação foi realizada nesta quinta-feira (13). Segundo o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), a categoria está há "mais de dois anos com uma intensa sobrecarga e sofrendo com adoecimento físico e psíquico".
Até a quinta-feira (6), 1.585 profissionais estavam afastados de suas funções por Covid-19 ou síndrome gripal na cidade. Ontem, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou que havia autorizado o pagamento das horas extras pelas Organizações Sociais de Saúde (OSs). Além disso, a prefeitura disse ter autorizado parceiros a fazer a contratações de equipes extras. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.