Uma equipe especializada das Forças Armadas na área cibernética reforçou na sexta-feira (28) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de esclarecimentos sobre os processos que envolvem os procedimentos técnicos, a transparência e a segurança das urnas eletrônicas.
Em 2 de dezembro, integrantes de uma equipe especializada das Forças Armadas se reuniram com membros do TSE para debater o processo de votação eletrônica e a segurança das urnas eletrônicas no país. Em 14 de dezembro, essa equipe entregou um documento sigiloso ao TSE com o pedido de aperfeiçoamento das urnas eletrônicas para as eleições de 2022.
Contudo, militares da área cibernética apontam que, até o momento, a equipe técnica do TSE não respondeu suas dúvidas e sugestões, e também não disponibilizou a documentação solicitada pela equipe. Por isso, o pedido foi reforçado na sexta. Defensor do voto impresso auditável, o presidente Jair Bolsonaro (PL) também cobrou o TSE por uma resposta às Forças Armadas em duas ocasiões este mês.
Em nota à imprensa, o TSE informa permanecer em recesso, mas destaca que o assunto será levado ao presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, na retomada das atividades do Judiciário. A Corte eleitoral pondera, no entanto, que os questionamentos apresentados pela equipe de Defesa Cibernética das Forças Armadas "tramitam de forma sigilosa a pedido do próprio Exército".
"Reforçamos que as Forças Armadas, assim como as demais entidades que participam da Comissão, têm prerrogativa para solicitar ao TSE mais esclarecimentos sobre o processo eleitoral e agendar reuniões técnicas ao Tribunal", comunica, em nota, a Corte eleitoral.