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O Ministério da Saúde informou neste domingo (22) que deve assinar "cartas de intenção não-vinculantes" para compra de vacinas de cinco desenvolvedores: Pfizer, Janssen, Bharat Biotech, Fundo Russo de Investimento Direto (responsável pela Sputinik V) e Moderna.
O documento, porém, não formaliza a compra dos produtos. A pasta afirma que ainda aguarda o fim dos estudos de "fase 3", além do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a precificação e a incorporação do produto ao SUS.
O Estadão apurou com fonte da cúpula da Saúde que a ideia é evitar nova "complicação política" com a compra de vacinas. Por isso, qualquer negócio só deve ser fechado após o aval da agência para comercializar a droga no País. A postura reticente do ministério aumentou após o presidente Jair Bolsonaro desautorizar o ministro Eduardo Pazuello. Em outubro, o chefe da Saúde teve de recuar e desfazer a promessa da compra de doses da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan de São Paulo. Esse acordo é liderado pelo governo paulista de João Doria (PSDB), inimigo político de Bolsonaro.