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O Ministério da Saúde requisitou os estoques da indústria de medicamentos usados para intubar pacientes, como sedativos, anestésicos e bloqueadores musculares, que passaram a ficar escassos em alguns locais do país após a explosão de casos de Covid-19 nas últimas semanas. Segundo a pasta, a ordem de entrega dos fármacos foi feita na quarta-feira (17), e deve suprir a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) por 15 dias, com 665,5 mil comprimidos.
Secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira afirma que o ministério fez entrega de medicamentos no fim de semana para garantir o uso em hospitais por 20 dias. O ministério também tem ordenado a entrega dos estoques de oxigênio de algumas empresas. A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) cobrou nesta quinta-feira (18), ações do governo Jair Bolsonaro para evitar a falta desse insumo.
O governo federal já teve de requisitar estoques do "kit intubação" entre junho e setembro de 2020, quando houve falta destes medicamentos em diversos locais. O presidente do Grupo FarmaBrasil, que representa a indústria nacional de medicamentos, Reginaldo Arcuri, afirma que não há falta de produção. Ele diz que a indústria precisa receber demanda "clara e organizada".
Já o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini, reconheceu que o uso dos produtos está acima "de qualquer estimativa". Ele afirmou que a indústria "está trabalhando para atender as necessidades" do país. Disse também que "se preocupa" com requisições de estoques, "pois isso pode desorganizar o mercado". Em nota, o Ministério da Saúde afirma que as requisições não atingem produtos já vendidos pela indústria a estados e municípios.