Nesta quarta-feira (29), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, comentou uma possível liberação de uso de substâncias derivadas da maconha. Para ele, o canabidiol deve ser considerado como um medicamento e o registro do produto indicado apenas para situações específicas. "Vamos dar uma panaceia? Para ser usado para tudo?", completou. Ele também se mostrou contrário ao uso de THC em medicamentos, embora já exista no país registro de um remédio traz o princípio ativo na fórmula. O Ministério da Saúde encaminhou um parecer para a agência contrário ao plantio para essas duas situações.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encerrou semana passada uma consulta pública sobre a regulamentação do plantio da maconha voltada à produção de medicamentos e a pesquisas. Nesta manhã, uma pesquisa de opinião pública sobre a liberação da venda de medicamentos à base de substância da maconha revela que a população está dividida. Mandetta afirmou ter consultado integrantes do Conselho Federal de Farmácia, o Conselho Federal de Medicina, Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil e a Sociedade Brasileira de Psiquiatria. Os relatos reunidos, contou, indicam que medicamentos a partir dos canabinoides são úteis para pacientes com crises convulsivas constantes, que não podem ser tratadas com medicamentos hoje disponíveis no mercado.