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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu nesta sexta-feira (5) um prazo de cinco dias para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) explique os planos de alterar o local de realização do desfile cívico-militar de 7 de Setembro no Rio de Janeiro.
A decisão ocorreu depois que uma mudança no local do desfile, que tradicionalmente ocorre no centro da capital fluminense, foi cogitada pelo presidente. Ele mencionou, na semana passada, a possibilidade de transferir as comemorações do bicentenário da Independência para a avenida Atlântica, na Praia de Copacabana.
A Rede Sustentabilidade questionou essa eventual mudança no STF, alegando que ela teria motivação "político-eleitoral". Segundo a Rede, a intenção de Bolsonaro seria "associar sua candidatura ao apoio institucional das Forças Armadas" e "vender a ideia" de que teria amplo apoio popular, "divulgando o evento como apoio à sua reeleição".
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou, neste sábado (6), que o desfile será realizado no Centro e que não houve pedido para transferi-lo para a praia de Copacabana. "Vou desenhar: ninguém - repito: NINGUÉM- pediu para mudar o desfile de 7 de setembro de lugar. O Exército brasileiro continua solicitando para fazer na Presidente Vargas [Centro]. Por isso seguimos organizando lá! Se alguém pedir algo diferente, eu informo aqui! Bom sábado!", tuitou.
Segundo o STF, após o recebimento das informações do presidente, a ministra Cármen Lúcia determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestem no prazo de três dias cada.