Em audiência no Senado, ministro Carlos Fávaro criticou as invasões de terra que o MST tem feito neste ano.| Foto: Joedson Alves/EFE
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O ministro Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, criticou as recentes invasões promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em vários estados do Brasil, mas defendeu a viagem que o líder do movimento, João Pedro Stédile, fez à China com a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no mês passado.

As afirmações foram dadas durante uma audiência da Comissão de Agricultura no Senado Federal na manhã desta quinta (4). Aos senadores, Fávaro defendeu o papel “social” do movimento em pedir a reforma agrária para os agricultores que não têm uma área para plantar.

Mas, criticou a atuação ao promover a invasão de terras em um governo que “está aberto ao diálogo” e que trouxe o MST para participar também do chamado “Conselhão” da República.

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“Não cabe à minha compreensão porque um movimento vai invadir terra. Não é concebível apoiar a invasão de terra, e da minha parte nunca o farei”, disse enfatizando que os pedidos pela reforma agrária devem ser feitos dentro da lei.

Fávaro ainda criticou as falas contrárias sobre o convite feito a Stédile para viajar à China, dizendo que não houve questionamentos sobre os mais de 100 empresários que participaram da comitiva. “Por que não pode um sindicalista fazer parte da comitiva presidencial para ir também buscar oportunidades”, questionou.

Desde o começo do ano, o MST já invadiu pelo menos 35 propriedades em todo o país, sendo as mais recentes três áreas no estado do Rio Grande do Norte, na última semana. O líder do movimento, João Pedro Stédile, é ainda alvo de uma notícia-crime na Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de São Paulo por incitar a invasão de terras no país.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]