Ministro Anderson Torres
O ministro da Justiça, Anderson Torres, irá à comissão externa criada no Senado para acompanhar as investigações.| Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados

comissão externa temporária criada no Senado para acompanhar as investigações relacionadas ao desaparecimento e a morte do indigenista Bruno Araújo e do jornalista inglês Dom Phillips definiu plano de trabalho que começará na quarta-feira (22) com oitivas do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e de representantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). O ministro será ouvido pelo colegiado às 14h. Em audiência pública recente, realizada na Câmara dos Deputados, Torres negou que tenha havido relaxamento nas ações de fiscalização na região.

O ministro será ouvido em sessão conjunta da comissão temporária e a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal. O objetivo é que todas as informações sejam compartilhadas em função da intenção de se aprofundar apurações sobre casos de violência na Amazônia e eventuais omissões na proteção de ativistas ambientais.

Além das oitivas do ministro e da Univaja, os parlamentares aprovaram requerimentos para que seja ouvido o prefeito de Atalaia do Norte (AM) e para a realização de diligência externa na própria cidade e em Manaus para acompanhar as investigações sobre os homicídios de Bruno Pereira e Dom Phillips. Os senadores indicaram ainda pedido por garantia de proteção e segurança a integrantes de entidades e servidores que atuam na terra indígena Vale do Javari e a realização de uma audiência pública para debater crimes na Amazônia.

Nesta segunda (20), o grupo também definiu Fabiano Contarato (PT-ES) como vice-presidente e de Nelsinho Trad (PSD-MS) como relator. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi o autor do requerimento de criação e ocupa o posto de presidente do colegiado. As informações são da Agência Senado.