Na decisão, Araújo afirma que a liminar anterior restringindo os protestos foi tomada “com base na compreensão de que a organização do evento promovia propaganda política ostensiva estimulando os artistas.”| Foto: EFE/Sebastião Moreira
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O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revogou na noite de segunda-feira (28) a própria decisão sobre a proibição de manifestações políticas durante o festival de música Lollapalooza, realizado no último fim de semana em São Paulo. Ele acolheu um pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que retirou a ação. Com isso, a decisão que seria levada ao plenário do TSE pelo presidente da Corte, Edson Fachin, perde o seu efeito e deve ser arquivada.

Na decisão, Araújo afirma que a liminar anterior restringindo os protestos foi tomada “com base na compreensão de que a organização do evento promovia propaganda política ostensiva estimulando os artistas”, segundo afirmado pelo próprio PL. O ministro destacou ainda que os artistas tem a ampla liberdade de expressão garantida pela Constituição.

A liminar anterior, proibindo atos políticos durante o evento, foi motivada depois que a cantora Pablo Vittar levantou uma toalha com a imagem do rosto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e entoou um coro de "Fora Bolsonaro" durante um show no sábado (26). Na ocasião os advogados do PL alegaram propaganda eleitoral antecipada. Mesmo com a decisão do TSE estabelecendo multa de R$ 50 mil, outros músicos ignoraram a liminar e realizaram protestos.

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