Além da deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, procurador Eduardo El Hage, questionaram a decisão do presidente da Corte, Dias Toffoli, que suspendeu todas as investigações contra senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) que utilizem informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e da Receita Federal.
Toffoli tomou a decisão no recesso do Supremo. Relator dos recursos da investigação, Marco Aurélio questiona Toffoli em entrevista à BBC: "Esse artigo revela que o relator pode suspender os processos que corram sobre a matéria que já tenha sido admitida a repercussão geral, no país inteiro". Ele afirma ter dúvidas sobre a constitucionalidade da decisão. Ao jornal O Globo, Eduardo El Hage também reclamou, com argumento similar ao apresentado por Janaina Paschoal: “A decisão monocrática do presidente do STF suspenderá praticamente todas as investigações de lavagem de dinheiro no Brasil”.