O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre a possibilidade de afastar do cargo o secretário nacional de Justiça, Vicente Santini. O secretário virou alvo de apuração após funcionários do Ministério da Justiça relataram à Polícia Federal terem sofrido pressão para barrar a extradição de Allan dos Santos. A informação foi divulgada pelo Valor Econômico.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou o pedido na Corte. Ele argumentou que Santini pode atrapalhar as investigações. Além disso, Randolfe pediu que o secretário seja incluído no inquérito das fake news por suposta prevaricação, advocacia administrativa e suposto crime de embaraço previsto na Lei de Organização Criminosa.
O ministro já havia remetido à PGR cópias das informações obtidas pela PF. Como não teve retorno, Moraes fixou o prazo para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, analise se o secretário deve ou não ser afastado. De acordo com a PF, Santini "determinou a alteração do fluxo de referidos processos de extradição ativa para incluí-lo como instância de decisão".