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O pedido da defesa do ex-ministro da Justiça Sergio Moro para invalidar o depoimento do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura a suposta interferência na Polícia Federal foi rejeitado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (2). Bolsonaro depôs no dia 3 de novembro, no Palácio do Planalto. A defesa de Moro se queixou ao STF de que não foi avisada, o que a impediu de acompanhar a oitiva e de fazer questionamentos ao presidente.
A decisão de Moraes foi anunciada após o procurador-geral da República, Augusto Aras, informar não ter identificado irregularidades na condução do depoimento. No dia 11 deste mês, a Advocacia-Geral da União (AGU) também havia manifestado pela regularidade do interrogatório de depoimento.
Na oitiva, Bolsonaro confirmou ter pedido a troca do diretor-geral da PF, mas negou que a motivação tenha sido obter informações sigilosas sobre investigações ou intervir em trabalhos da corporação. A demissão do então diretor-geral Maurício Valeixo foi o pivô para a saída de Moro do governo, que acusou Bolsonaro de de interferir na PF.