O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu nesta quinta-feira (20) manter a prisão preventiva do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres. No último dia 10, a defesa de Torres apresentou um novo pedido para a soltura do ex-ministro da Justiça. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou um parecer favorável à soltura de Torres. Ele está preso desde o dia 14 de janeiro.
Moraes considerou que a prisão ainda se justifica devido a "depoimentos de testemunhas e apreensão de documentos que apontam fortes indícios da participação do requerente [Anderson Torres] na elaboração de uma suposta ‘minuta golpista’ e em uma ‘operação golpista’ da Polícia Rodoviária Federal para tentar subverter a legítima participação popular no 2º Turno das eleições presidenciais de 2022”.
Além disso, o ministro cita que o ex-secretário teve uma “conduta omissiva quanto à permanência do acampamento dos manifestantes no SMU (Setor Militar Urbano) e o risco daí gerado – que culminou nos fatídicos atos do dia 08/01; além de seu possível envolvimento na autorização para mais de cem ônibus dirigirem-se ao referido SMU e prepararem-se para a prática dos atos criminosos”.
O relator afirmou ainda que Torres apresentou as senhas de acesso de seu e-mail e celular para a investigação “mais de 100 dias após a ocorrência dos atos golpistas e com total possibilidade de supressão das informações ali existentes”. Para Moraes, “nesse momento da investigação criminal, a razoabilidade e proporcionalidade continuam justificando a necessidade e adequação da manutenção da prisão preventiva”.