O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o presidente Jair Bolsonaro deve explicar sua intenção de expor nomes de técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) envolvidos na aprovação da vacinação de crianças contra Covid-19 com doses da Pfizer. O ministro analisa uma ação protocolada na Corte pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede -AP), que solicita uma investigação do presidente por suposta intimidação de servidores da Anvisa.
No último dia 16, Bolsonaro afirmou que iria divulgar publicamente a relação de nomes dos servidores da Anvisa. "A Anvisa não está subordinada a mim, deixar bem claro isso, não interfiro lá. Eu pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de cinco anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são elas e obviamente formem o seu juízo", disse o presidente.
Moraes também determinou que o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, preste explicações sobre os fatos. O despacho foi assinado na quarta-feira (22) e pedia a manifestação das partes em 48 horas. A imunização infantil contra a Covid-19 ainda depende do Ministério da Saúde. O ministro Marcelo Queiroga afirmou que a decisão definitiva sobre a o tema deve ocorrer no dia 5 de janeiro. A pasta também abriu uma consulta pública para receber a opinião da sociedade civil sobre a vacinação.
Queiroga chegou a dizer que a vacinação de crianças será feita mediante apresentação de prescrição médica e termo de consentimento dos pais. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) rechaçou nesta sexta-feira (24) a necessidade de documento médico para imunizar crianças de 5 a 11 anos. A informação foi divulgada pelo portal g1.