O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes decidiu nesta terça-feira (14) manter aberto o inquérito que apura a conduta do presidente Jair Bolsonaro por vincular as vacinas contra Covid-19 a um "risco ampliado" de desenvolver Aids, o que é falso. Moraes negou o recurso apresentado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, na noite desta segunda-feira (13). O PGR pedia reconsideração da decisão da abertura do inquérito da Corte.
Aras argumentou que já tinha tomado providências ao abrir uma apuração preliminar sobre o caso. Além disso, afirmou que o inquérito da Corte resultaria em duas investigações contra Bolsonaro pelos mesmos fatos, o que não é permitido pela lei. Na decisão, o ministro ordenou que o PGR encerre a apuração. Ele deu prazo de 24 horas para a Procuradoria entregar a ele e à Polícia Federal todos os documentos obtidos durante a apuração preliminar, sob pena de incorrer em obstrução da justiça.
O caso será encaminhado para a PF dar continuidade às investigações. Moraes atendeu a um pedido da CPI da Covid ao determinar a abertura da apuração. Com informações do jornal O Globo.