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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve a prisão preventiva do ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, no inquérito das milícias digitais. A defesa havia pedido para que Jefferson fosse transferido do regime fechado para o domiciliar, devido a problemas de saúde. A informação foi divulgada pelo Estadão.
Na decisão, Moraes considerou que a manutenção da prisão preventiva em regime fechado é "imprescindível" para garantir a ordem pública. "O custodiado insiste em suas graves ofensas e ameaças ao Supremo Tribunal Federal, incentivando a população, inclusive, à prática de atos criminosos nas manifestações programadas para o próximo dia 7/9/2021, e exigindo a destituição inconstitucional dos Ministros da Supremo Corte a revelar a continuidade delitiva", escreveu o ministro.
Segundo os advogados, o presidente do PTB tem diabetes, hipotireoidismo e diverticulite. Porém, Moraes ressaltou no despacho que não há provas de que o ex-deputado enfrente problemas de saúde. Para o ministro, as alegações sobre a existência de doenças "surgiram, coincidentemente, após a decretação de sua prisão preventiva e a notícia do oferecimento da denúncia pela Procuradoria Geral da República".
Na denúncia apresentada pela PGR também foi solicitada a prisão domiciliar ao político, com uso de tornozeleira. Em carta, divulgada no domingo (29), o ex-deputado afirmou que que não aceitaria a eventual concessão de uma prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. "Não aceito a coleira de tornozelo", disse. Roberto Jefferson está preso desde o dia 13 de agosto no Complexo de Bangu, na zona oeste do Rio.