O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogou nesta quarta-feira (15) o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. A decisão atende a uma manifestação da Procuradoria-Geral da República que pediu o retorno do Ibaneis, no último dia 10.
Ibaneis foi afastado do cargo após os atos de vandalismo do dia 08 de janeiro, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que foi referendada pelo Plenário da Corte, por suspeita de conivência e indícios de influência nas “graves falhas na atuação dos órgãos de segurança pública do Distrito Federal”. Desde o afastamento de Ibaneis, que venceria no dia 9 de abril, o Distrito Federal passou a ser comandando interinamente pela vice-governadora, Celina Leão (PP).
Ao determinar o "retorno do investigado a função pública para a qual foi eleito", Moraes informou que seguiu a recomendação com base no "relatórios de Análise da Polícia Judiciária", que realizou diligências, laudos e tomadas de depoimento. Os documentos reforçaram que Ibaneis não "estaria buscando obstaculizar ou prejudicar os trabalhos investigativos, ou mesmo destruindo evidências".
Mesmo retornando ao cargo, o governador continua como investigado no inquérito que apura os atos de vandalismo no DF. Na decisão, Moraes apontou que "a medida cautelar poderá, de ofício ou a pedido das partes, voltar a ser decretada, se sobrevierem razões que a justifiquem".
Em nota divulgada à imprensa na tarde desta quarta-feira (15), Ibaneis se manifestou sobre a decisão de Moraes: "Aguardei com muita paciência, resiliência e confiança na justiça do meu país, esse momento de retorno ao cargo que assumi pela vontade do povo do Distrito Federal, que me elegeu em primeiro turno para um segundo mandato. Agora é seguir firme confirmando a minha inocência junto ao STF e trabalhar ainda mais pela cidade que tanto amo".