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O ex-juiz e pré-candidato a presidente Sergio Moro (Podemos) criticou o relatório da Polícia Federal que concluiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não cometeu crime no caso de interferência política na corporação. O ex-ministro da Justiça argumentou que as trocas no comando da corporação feitas pelo chefe do Executivo "falam mais alto" do que o documento.
"A Polícia Federal produziu um documento de 150 páginas para dizer que não houve interferência do presidente na PF. Mas certamente, as quatro trocas de diretores da PF falam mais alto do que as 150 páginas desse documento", disse Moro no Twitter.
A PF finalizou o relatório nesta terça-feira (29) e encaminhou o resultado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A apuração começou há dois anos, após Moro deixar o comando do Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de interferir na PF para blindar investigações contra familiares e aliados. A PF considerou que, "dentro dos limites da investigação", não há elementos mínimos para indiciar o presidente na esfera penal.