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Investigação desarquivada

Moro desafia delator que acusa seu amigo e se diz “indignado” com PGR

Sergio Moro
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, se disse "perplexo" e "indignado" com a decisão do Ministério Público Federal de retomar as tratativas para acertar um acordo de delação que pode prejudicar o advogado Carlos Zucolotto, seu amigo pessoal. Para Moro, há em curso uma tentativa de atacá-lo após sua saída do governo. "Causa-me perplexidade e indignação que tal investigação, baseada em relato inverídico de suposto lavador profissional de dinheiro, e que já havia sido arquivada em 2018, tenha sido retomada e a ela dado seguimento pela atual gestão da Procuradoria-Geral da República logo após a minha saída, em 22/04/2020, do Governo do Presidente Jair Bolsonaro", escreveu o ex-ministro em nota enviada à imprensa. Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira (3) pelo jornal O Globo, o procurador-geral da República, Augusto Aras, desengavetou uma investigação sobre suposto pagamento de US$ 5 milhões em propina a Zucolotto, que foi padrinho de casamento de Sergio Moro e sócio da esposa do ex-ministro. A denúncia já foi investigada pela própria PGR e arquivada em 2018, sob conclusão de que a prática de crimes não foi comprovada. Com o desarquivamento do inquérito, Aras pretende voltar a negociar uma colaboração premiada com o advogado Rodrigo Tacla Duran, apontado pela força-tarefa da Lava Jato como operador financeiro da Odebrecht.

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