O ministério da Justiça se posicionou a favor da investigação de artistas de um coletivo punk de Belém (PA) pelo suposto cometimento de crimes contra a honra do presidente Jair Bolsonaro e apologia ao homicídio. O inquérito foi aberto a partir de uma denúncia feita pelo Instituto Conservador de São Paulo, e teve parecer favorável do ministro Sergio Moro. Batizado de Facada Fest, o evento foi divulgado com o uso de cartazes que trazem a ilustração do palhaço Bozo vestindo a faixa presidencial e empalado por um lápis. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, no parecer sobre a investigação, o ministro destaca que a imagem faz “clara apologia ao atentado criminoso sofrido por Jair Messias Bolsonaro durante a campanha eleitoral, que quase tirou a sua vida”. O ministério confirmou a necessidade de investigação para elucidação dos fatos. Na página do festival de música punk no Facebook, o coletivo confirma que integrantes do Facada Fest foram intimados a comparecer à PF para prestar depoimento e se dizem "certos de que o bom senso e a justiça prevalecerão". Em texto publicado na segunda-feira (24), o grupo fala em censura, criminalização da atividade artística e da liberdade de expressão. Ainda na noite de quinta-feira (27), Moro afirmou, em postagem no Twitter, que a decisão pela abertura do inquérito não foi dele, mas que "poderia ter sido".
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