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Vazamentos

Moro não reconhece mensagens e diz que conteúdo não mostra qualquer ato ilegal

Sergio Moro cobrou o presidente Bolsonaro por vacinação contra Covid-19
Moro afirmou que interações entre juízes, procuradores e advogados são comuns, não havendo nada de ilícito. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, se manifestou nesta segunda-feira (1) sobre a abertura de sigilo da ação em que o ex-presidente Lula ganhou o direito de ter acesso integral às mensagens trocadas por Moro e os procuradores da Lava Jato. A decisão foi do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em publicação no Twitter, Moro afirmou que não reconhece a autenticidade das referidas mensagens, pois como já teria afirmado anteriormente “não guarda mensagens de anos atrás.” O ex-juiz também lembrou que as mensagens, se verdadeiras, teriam sido obtidas por meios criminosos por hackers, de celulares de Procuradores da República, sendo, portanto, de se lamentar a sua utilização para qualquer propósito, ignorando a origem ilícita. “Todos os processos julgados na Lava Jato foram decididos com correção e imparcialidade, tendo havido inclusive indeferimentos de vários pedidos da PF e do MPF e diversas absolvições (21% dos acusados foram absolvidos), com a grande maioria das condenações, inclusive do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantidas pelas Cortes de Apelação e Tribunais Superiores.”, escreveu Moro.

De acordo com ele, nenhuma das supostas mensagens retrata fraude processual, incriminação indevida de algum inocente, antecipação de julgamento, qualquer ato ilegal ou reprovável ou mesmo conluio para incriminar alguém ou qualquer finalidade ilegal. “Interações entre juízes, procuradores e advogados são comuns em nossa praxe jurídica, não havendo nada de ilícito, por exemplo, em perguntar sobre conteúdo de denúncia, na solicitação para manifestação com urgência em processos, inclusive para decidir sobre pedidos de liberdade provisória ou no encaminhamento de notícia crime ao MPF.”, concluiu.

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