O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) disse na noite desta segunda-feira (17) estar indignado com a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele por suposto crime de calúnia contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Na última sexta (14), foi divulgado nas redes sociais um vídeo em que o ex-juiz da Lava Jato fala em "comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes".
O parlamentar fez um pronunciamento sobre a ação e citou o procurador-geral da República, Augusto Aras, entretanto, quem assina o documento é a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo.
“Quero registrar a minha indignação com a denúncia oferecida pelo procurador-geral da República nesta data. Na sexta-feira, pessoas que eu desconheço, mas mal-intencionadas, editaram fragmentos de uma fala, tiraram essas falas de contexto e publicaram na internet. Com um único objetivo, vamos deixar muito claro, de me indispor com o Supremo Tribunal Federal”, disse Moro.
Ele afirmou que a fala "não representa o que eu penso" e foi editada em um "contexto de brincadeira". “Uma fala infeliz, num contexto de uma brincadeira, mas que foi claramente manipulada e editada por aquelas mesmas pessoas – evidentemente que não refiro ao procurador-geral da República – que buscam atualmente me incriminar falsamente em outros processos, com o objetivo de me indispor com o STF”, ressaltou.
“Fui surpreendido por uma denúncia do procurador-geral da República pedindo a minha prisão, a prisão de um senador da República. Sem sequer esclarecer como esses fatos ocorreram, sem sequer ter realizado a minha oitiva, para que eu pudesse esclarecer e ignorando completamente as explicações que eu dei sobre aquela fala, que não representa o que eu penso”, afirmou Moro.