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O motorista que atropelou vários manifestantes durante um bloqueio na Rodovia Washington Luiz, em Mirassol, interior de São Paulo, afirmou em depoimento aos policiais que acelerou o veículo depois de ser agredido por alguns dos participantes, segundo informações do g1. O rapaz, de 28 anos, avançou sobre um grupo que estava na pista e só parou depois de ser abordado pela polícia, poucos metros depois.
No total 17 pessoas ficaram feridas, incluindo duas crianças e três policiais. Sete das vítimas precisaram ser encaminhadas para atendimento médico e três permaneciam internadas nesta quinta-feira (3), ainda de acordo com o g1.
Uma mulher que estava como passageira no veículo relatou que o motorista teria engatado a primeira marcha e continuado com o pé na embreagem, no momento em que foi cercado pelos manifestantes e iniciado uma discussão.
Em determinado momento, ele teria então sido agarrado pela camisa, agredido, e se assustou, segundo informações repassadas pela família do suspeito, em declarações publicadas pela CNN Brasil. “Ele se assustou com o soco e acelerou o carro, mas parou logo depois”, afirmou a mãe do rapaz, que não foi identificada.
A Polícia Civil de Mirassol deve começar a ouvir as testemunhas do atropelamento nesta quinta-feira (3) para confirmar se as declarações da passageira são verdadeiras.
Após o atropelamento, o carro foi depredado pelos manifestantes e o motorista foi detido em flagrante pela polícia. Ele deverá passar por audiência de custódia nessa quinta-feira (3) e poderá ser indiciado por tentativa de homicídio. Na quarta-feira (2) o presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um vídeo pedindo que os manifestantes desbloqueiem as rodovias federais. Mesmo após o apelo, as manifestações seguem em vários estados.