Os motoristas de ônibus do sistema BRT do Rio de Janeiro entraram em greve na madrugada de desta sexta-feira (25). De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, cerca de 480 profissionais aderiram à paralisação por tempo indeterminado.Os três corredores do BRT estão parados (Transcarioca, Transolímpica e Transoeste), afetando cerca de 250 mil passageiros no município.
A categoria pede que seja realizado um novo contrato de trabalho que garanta os direitos dos funcionários, incluindo férias, 40% do FGTS em caso de demissão, auxílio desemprego, reajuste salarial, ticket alimentação, plano de saúde e pagamento de horas extras. Segundo o sindicato, a greve também é em solidariedade a 60 profissionais que estão afastados pelo INSS e foram demitidos.
A prefeitura do Rio, por sua vez, afirma que não foi notificada da greve e que tem tentado contato com os grevistas, mas que eles se negaram a conversar.“A Prefeitura do Rio ressalta que não recebeu qualquer comunicado, por parte do Sindicato ou qualquer outra liderança, sobre a intenção dessa paralisação ou a pauta de reivindicações. Portanto, trata-se de uma greve ilegal”, diz em nota.
O sistema BRT da capital fluminense está sob intervenção da prefeitura desde março do ano passado, sob alegação de descumprimento de obrigações contratuais. Pelo Twitter, o prefeito Eduardo Paes acusou os empresários de serem os responsáveis pela greve.“Tem empresário de ônibus insatisfeito com a encampação e usando trabalhadores do BRT para tentar reconquistar a concessão. Lamento informar que não serão bem sucedidos. Vamos prosseguir. Estamos trabalhando para restabelecer o sistema”, disse Paes.
Em nota, a Rio Ônibus, que reúne as empresas do setor, repudiou as declarações de Paes e disse que a greve é “consequência do descaso e da omissão da Prefeitura do Rio de Janeiro em relação ao setor de transporte por ônibus”.