Após ser indiciado pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (4) por utilizar candidaturas de fachada para acessar recursos do fundo eleitoral nas eleições do ano passado, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais. O ministro é acusado, e agora denunciado, de articular um esquema de candidaturas femininas com supostas candidaturas laranjas. Por lei, cada partido deve garantir o mínimo de 30% de candidatas do sexo feminino.
Além de Álvaro Antônio, o MP encaminhou denúncia contra outras dez pessoas, entre elas Haissander de Paula, ex-assessor do ministro, Mateus Von Rondon, assessor especial preso em junho deste ano, e Roberto Silva Soares, assessor do ministro. O trio atuava como intermediários do esquema, fazendo a ligação entre o partido e as gráficas e o direcionamento dos pagamentos. “Segundo a prova dos autos, foram os que mais receberam recursos do fundo partidário, e que tinham maior volume de material produzido nas gráficas", disse o promotor de Justiça Fernando Abreu. O governo federal, por hora, garante a permanência do ministro no cargo. Foram denunciados:
1. Marcelo Álvaro Antônio - Ministro do Turismo na gestão Jair Bolsonaro
2. Lilian Bernardino de Almeida Marchezini - Suspeita de ser candidata-laranja
3. Naftali Tamar de Oliveira Neres - Suspeita de ser candidata-laranja
4. Roberto Silva Soares - Assessor de Marcelo Álvaro Antônio, preso em junho deste ano
5. Reginaldo Donizete Soares - Irmão de Roberto Soares e sócio de duas empresas suspeitas de prestarem serviços para candidatas-laranja
6. Marcelo Raid Soares - Dono de gráficas investigadas em Belo Horizonte
7. Professor Irineu - Deputado estadual (PSL) em Minas Gerais
8. Camila Fernandes Rosa - Suspeita de ser candidata-laranja
9. Débora Gomes da Silveira - Suspeita de ser candidata-laranja
10. Mateus Von Rondon Martins - Assessor especial de Marcelo Álvaro Antônio
11. Haissander Souza de Paula - Ex-assessor de Marcelo Álvaro Antônio